Citações do Presidente Mao Zedong, Reunião I: Os comunistas e a luta de classes (Texto I)
O livro vermelho é um dos livros mais importantes da história, e continuará a ser devido à sua capacidade de guiar revolucionários na tomada do Poder e na construção do socialismo.
Em seus 4 primeiros capítulos, os excertos de Mao nos falam sobre situações práticas. No primeiro capítulo a questão do Partido é discutida, falando sobre suas características essenciais e seus deveres universais, entre eles sempre ouvir sua base ao mesmo tempo que lidera ela, aprendendo com as massas e ensinando a elas o caminho para a vitória final, sendo responsável pela tomada e construção do poder popular, lidando com suas contradições internas.
Os partidos revolucionários que alcançaram o Poder e avançaram ao socialismo se mantiveram fiéis a esse preceito. O desvio no Partido, a traição de seus princípios, significa a traição do caminho revolucionário, a passagem ao capitulacionismo, reformismo ou a restauração capitalista. O Partido é o instrumento principal da Revolução e é o Estado-maior dos comunistas.
O segundo capítulo do livro vermelho fala sobre as classes e luta de classes, sobre como se deu a história da luta de classes e como essa batalha somente será vencida com a luta pela unidade em torno da causa do proletariado.
Mao continua o que Marx disse no século XIX: “A história da humanidade é a história da luta de classes” e é dever do proletariado liderar a revolução em nosso tempo, unido em luta e lutando pela unidade com todas as massas trabalhadores.
Muitos falam que Marx é ultrapassado, que a URSS caiu há 30 anos, mas 30 anos é pouco tempo em comparação com a história da humanidade, das civilizações, dos modos de produção. Basta ver que em certas regiões do Brasil, as mesmas famílias que se estabeleceram com a chegada dos portugueses nos séculos XVI e XVII são as que hoje dominam a economia dessas regiões. Essas famílias estabeleceram-se em função de sua classe como exploradoras. Não irão cair por si só, portanto devem ser derrubadas junto com toda a herança feudal que carregam.
No terceiro capítulo do livro vermelho, Mao fala sobre o socialismo e comunismo. Encontramos importante discussão sobre as práticas chineses no avanço ao socialismo, que devem ser criadoramente aplicadas no desenvolvimento das revoluções de Nova Democracia por todo o mundo.
O comunismo é a incontornável, inevitável, vitória do proletariado sobre todos os exploradores. Devemos compreender o papel do Partido, do proletariado como vanguarda e liderança da Revolução e do campesinato, principalmente pobre, como aliança fundamental e massa fundamental da Revolução, para assim alcançarmos o comunismo.
Por último nós lemos sobre a justa resolução da contradição no seio do povo. É importante notar, nesta seção, o avanço claro de Mao em relação ao camarada Stalin na questão dialética e seu aprofundamento do Leninismo. Mao desenvolve a tese do lugar do antagonismo e do não-antagonismo na contradição, declarando, em par com os estudos de Lênin, que a contradição é o principal na dialética e afirmando com toda a clareza que ela é a única lei fundamental da dialética, da qual todas as demais se derivam.
Mao descreve como a questão da contradição antagônica e da contradição não antagônica é fruto de condições concretas e particulares, considerando, contudo, que a contradição no seio do povo é inevitável. Ele exemplifica falando sobre a burguesia chinesa, que se aliou aos comunistas contra a invasão japonesa (sendo estes os anti-povo). Assim que os japoneses foram expulsos, esta burguesia se voltou contra os comunistas, tornando-se antagônica aos anseios revolucionários das massas e ao caminho revolucionário dos comunistas chineses.
Mao também fala sobre como, sob o socialismo, as contradições continuarão a existir, podendo ser resolvidas pelo convencimento e pela luta ideológica ativa.
O livro vermelho é bastante prático e simples. Não pode ser ignorado por qualquer revolucionário e democrata. Seu conteúdo é uma enorme contribuição para a causa revolucionária internacional e para todo o proletariado internacional.
Por: Paulo