O social-imperialismo chinês e o argumento geopolítico
Neste texto fazemos comentários complementares à publicação da tradução do texto Explicando a China: como um país socialista seguiu o caminho do capitalismo até o social-imperialismo, do Partido Comunista da Austrália-Marxista-Leninista (PCA-ML). Buscamos compreender e aprofundar os comentários dos camaradas australianos em alguns pontos, combatendo a “tese geopolítica”, muito comum no Brasil e no mundo, frontalmente.
A tradução do texto dos camaradas australianos pode ser lida aqui.
Explicar às massas a inevitabilidade e a necessidade da cisão com o oportunismo, educá-las para uma luta revolucionária implacável contra ele, ter em conta a experiência da guerra para revelar todas as infâmias da política operária nacional-liberal, e não para as ocultar — tal é a única linha marxista no movimento operário do mundo.
(Vladimir Illitch Lênin, O imperialismo e a cisão do socialismo, Outubro de 1916)
A posição revisionista sobre a China revisionista e capitalista, hoje social-imperialista, vem vacilando entre a defesa acrítica e pseudo-crítica desde sempre. Não temos de ir muito longe para buscar exemplos disto. Muitas vezes, o argumento máximo destes estudiosos senhores e senhoras é tão deplorável quanto seus malabarismos com palavras, conceitos e categorias marxistas e com a Ideologia Científica do Proletariado Internacional como um todo: dizem que a China cumpre importante papel na luta contra o imperialismo ianque, portanto criticá-la é contraproducente. Podemos chamar a este argumento de “argumento geopolítico”.
O argumento geopolítico, ainda, é utilizado para defender desde o falido governo Maduro na Venezuela até o reacionário governo de Vladimir Putin na Rússia, estendendo-se também à defesa do governo e dos partidos revisionistas das “nações socialistas” como Coréia do Norte, Cuba, Vietnã, Laos etc. Se por um lado seu maior defeito é renegar quaisquer princípios marxistas, do ponto de vista ideológico, do ponto de vista teórico mais simples, ele desconsidera também a própria definição do que é imperialismo e de qual é a política imperialista, sempre em relação inseparável com sua economia.
Em forma, o argumento geopolítico se assemelha muito à tese revisionista do ultraimperialismo de Karl Kautsky, um renegado que terminou seus dias dizendo que o governo hitlerista atendia aos clamores das massas alemãs e era por elas apoiado, que, junto à Bernstein, inaugurou a tese do pacifismo, cerne do revisionismo moderno de Khruschov e do tráfico de princípios do Marxismo. Os revisionistas consideram que uma santa aliança político-ideológica com a China traria tempos de paz, que a derrota do imperialismo ianque pela China permitiria um desenvolvimento pacífico das lutas nas nações dominadas pelo imperialismo ou a independência geral ou parcial dessas nações a nível global, que a influência chinesa seria, em última instância, mais benéfica que a ianque.
Em conteúdo, a semelhança continua. À moda do renegado, argumenta-se ou defende-se na prática que a santa aliança pela eternidade pacífica dar-se-ia entre os próprios imperialistas em suas organizações mundiais de controle político e econômico do mundo, com a preponderância chinesa nestas surgindo como elemento de equilíbrio, de fim da violência aberta, da guerra, mas que também dependeria do apoio e defesa pelo proletariado desta santa aliança (ou ao menos da falta de uma crítica contundente e de uma luta concreta contra ela por parte de sua vanguarda), da participação das organizações proletárias no engodo em uma celebração de amizade.
Os revisionistas modernos defendem o domínio de uma só nação sobre todas as demais (a apologia de uma superpotência “socialista” mantendo em suas mãos as rédeas do mundo, mais própria do khruschovismo), declarando abertamente que não há porque combater, nem no “futuro luminoso” da “paz perpétua” posterior à derrota do imperialismo ianque pela China, a dominação mundial pelo capital financeiro chinês, negando-se mesmo a reconhecer a este imperialismo ou relativizando este imperialismo ou a categoria de imperialismo como um todo para criar um imperialismo “socialista com características chinesas” ou aberrações do tipo.
Junto ao claro kautskismo, podemos ver quão profundas são as raízes da degeneração khruschovista nos argumentos defendidos pelos revisionistas de nosso tempo. Assim como os revisionistas de antes defendiam que a influência da União Soviética revisionista era benéfica ao mundo, hoje nossos “marxistas-leninistas” garantem-nos que, posto na balança, o expansionismo chinês em nada desvia-se de uma tarefa quase ou totalmente “internacionalista” de defender as revoluções ou ao menos os governos “populares” ao redor do mundo, o desenvolvimento das nações oprimidas. Tal declaração, esses senhores e senhoras fazem sem corar. E é um argumento riquíssimo, de fato, se bem que de mentiras.
Antes e depois da China ter o capitalismo restaurado pela camarilha de Deng Xiaoping, a União Soviética cumpriu sempre as falsas tarefas “internacionalistas” ao redor do mundo contra o imperialismo ianque. Em alguns poucos exemplos, podemos falar da invasão do Kampuchea Democrático pelo Vietnã sob sua influência, da invasão do Afeganistão, da dominação econômica desavergonhada de quase todo o Leste Europeu, dos ataques à China na fronteira, da difusão de teses pacifistas e do parlamentarismo tosco que condenou à morte e tortura militantes ao redor de todo o mundo e no Brasil e à estagnação ou dissolução seus partidos, da criação de “zonas de influência” dominadas economicamente pelo social-imperialismo soviético em todo o mundo, do sacrifício dos povos dentro da “guerra fria” com os Estados Unidos da América, da mediação feita em organizações imperialistas mundiais para dar cabo da revolta das massas, capitulacionismo do tipo mais tosco e servil etc. etc. etc.
Hoje, dirão nossos revisionistas, a China não faz de forma alguma a mesma coisa. Se tomamos, porém, um dos mais simples critérios para definir a sanha contrarrevolucionária chinesa, o auxílio direto na contrarrevolução no aspecto militar, percebemos logo que a China não apenas vende como doa de bom grado armas para o regime genocida e fascista de Duterte nas Filipinas, supostamente para combater a ação do Estado Islâmico, oferecendo-se também para “treinamentos conjuntos, compartilhamento de inteligência e exercícios militares conjuntos na área da luta contra o terrorismo”1. Nas Filipinas, o Novo Exército Popular, apesar do esquecimento de nossos revisionistas, vem conduzindo uma guerra popular pelo estabelecimento de uma Nova Democracia e do Socialismo. Antes disso, em 2005, a China auxiliou com armas e com dinheiro a luta da monarquia nepalesa contra a guerra popular liderada pelo partido, à época, maoísta2. Estes são alguns exemplos mais claros, um declaradamente contrarrevolucionário e outro dissimulado, mas a China vem também, por exemplo, auxiliando o governo fascista de Erdogan na Turquia, onde existe uma guerra popular em curso. O auxílio significa, na prática, uma disputa entre China e Rússia pelo controle da semicolônia turca, que vai contra o interesse revolucionário do povo turco.
No Brasil, investidores chineses desalojam famílias e mais famílias com o apoio de oportunistas como Flávio Dino e de reacionários declarados e injetam capital na expansão do latifúndio, na desnacionalização de nossas empresas e na submissão de nosso povo3. Apoiam-se no aparato legal reacionário do Estado semicolonial para tomarem ainda terras indígenas sem qualquer vergonha. Isto, na prática, é atuar junto ao velho Estado para destruir o movimento camponês e operário, para dar continuidade ao genocídio secular dos povos indígenas e para perpetuar a miséria de nosso povo e nossa situação nacional semicolonial. Em diversas outras nações, em Mianmar, na Mongólia, no Laos, no Nepal, Afeganistão, no Sri Lanka etc., a China cumpre o mesmo papel; no continente africano, em especial, o imperialismo chinês é completamente escancarado. O chamado “pragmatismo” chinês, muitas vezes exaltado pelos mais cínicos de seus defensores, não passa, em forma e conteúdo, de social-chauvinismo. O capital monopolista da burguesia chinesa ascendente e o capital monopolista de Estado são armas utilizadas contra o povo chinês e contra todos os povos do mundo, cada vez mais. Além da utilização do Partido Comunista da China como arma contra os povos do mundo, os revisionistas chineses vêm perseguindo duramente todos os maoístas no país e os prendendo, dando seguimento aos assassinatos do fascista Deng contra as direções maoístas da Grande Revolução Cultural Proletária4.
Vemos o quanto é ridículo relativizar o papel da China no mundo atual, do Estado chinês e da burguesia imperialista chinesa. Mais ridículo ainda é considerar a existência de um imperialismo como fonte de equilíbrio entre potências imperialistas, como imperialismo pela metade ou benéfico. O argumento geopolítico se firma na ideia de que são as disputas entre nações imperialistas e não a luta de classes que fazem rodar a história. Ele joga para outros a responsabilidade de combate ao imperialismo pela vitória da revolução em cada nação, coloca essa responsabilidade precisamente no imperialismo, à moda kautskista. É uma tese derrotista. Seus propositores são oportunistas e, como colocava Lênin, corruptores do movimento operário5. Devemos, portanto, derrotar esses oportunistas, lutando sem vacilar contra o imperialismo, seja ianque ou chinês.
China: potência social-imperialista
Devemos compreender, para além da restauração capitalista na China, a passagem da China ao campo do social-imperialismo, do “socialismo em palavras e imperialismo em ações”. É importantíssimo atentar à tese do social-imperialismo, pois ela explica não apenas a atitude dos social-democratas da Segunda Internacional degenerada, mas a prática concreta da União Soviética revisionista e da China revisionista. Aonde ele adentra, o social-imperialismo chinês vem penetrando como uma força de contenção do movimento operário e de submissão a nível nacional, com a fachada de “ajuda” servindo apenas ao verdadeiro propósito de endividamento e exploração dos mais diversos países e povos, e cada vez mais.
Devemos compreender que a luta de classes, contra as classes dominantes em cada nação e contra o imperialismo em geral, contra o oportunismo, igualmente, é a única coisa que pode explicar nosso mundo e seus rumos. As diversas disputas imperialistas são fruto da luta de classes, da guerra das classes dominantes das nações imperialistas contra os povos do mundo sob nova política de guerra constante contra os povos e de submissão pela execução da política colonial, do avanço, e isto é o principal, da Revolução Mundial, que em nossa época surge para varrer da terra o próprio imperialismo, criando instabilidade em todo o mundo burguês.
O social-imperialismo chinês, muito longe de cumprir papel progressista, promove governos pseudo-populares e “comunistas” em alguns locais apenas para garantir seus interesses de domínio mundial, lutando por uma repartilha do mundo que o beneficie frente ao imperialismo ianque. Promove, da mesma forma, governos fascistas, indiscriminadamente, formando “alianças” econômicas e militares com a pior escória reacionária para impulsionar sua burguesia monopolista ou o Estado chinês, que vivem hoje em relação simbiótica, representados nacional e internacionalmente por uma direita apodrecida que tomou conta do grande partido que já foi o Partido Comunista da China, hoje um partido traidor e anti-comunista ao extremo.
Dizer que devemos saudar o imperialismo chinês pela sua “luta” contra o imperialismo ianque (simples política imperialista de constante repartilha do mundo) resulta no mesmo que dizer que os revolucionários deveriam ter se comprometido com o auxílio ou ter deixado de lado a crítica do imperialismo ianque na disputa contra a Alemanha Nazista. É uma proposição ridícula, aparentemente centrista e na prática das organizações que a defendem direitista, pois age contra os interesses dos movimentos revolucionários em cada país e contra os interesses democráticos dos povos de todo o mundo, em prol do imperialismo e das classes reacionárias.
Em nossa nação, especificamente, devemos combater o avanço do imperialismo chinês, denunciá-lo, pois ele fere o avanço de nosso movimento camponês avançado e o movimento operário, alimentando o latifúndio e a burguesia, bem como promove a ação oportunista, a modernização aparente e aprofundamento do capitalismo burocrático na prática em estados como o Maranhão.
É de todo impossível para um democrata e revolucionário ver seja com indiferença ou com bons olhos essa situação. O Marxismo jamais foi nem jamais será isento ou vacilante, não aposta nas palavras e previsões de revisionistas, mas busca compreender e atuar sobre o movimento real da luta revolucionária, classificando com firmeza como reacionário ou progressista aquilo que está contra ou em favor da Revolução Mundial e da revolução em cada país.
O Marxismo é uma Ideologia viva, Científica, que pertence ao Proletariado Internacional, é a arma que todos os povos do mundo devem empunhar para esmagar os reacionários e oportunistas, pintem-se eles de quaisquer cores e hasteiem quaisquer bandeiras para enganar as massas.
Vivemos a época da Revolução Mundial e o dever da vanguarda do proletariado é tomar a direção das reivindicações democráticas e revolucionárias das massas em todo o mundo, constituir ou reconstituir partidos à altura de nossa época, de guerra generalizada contra os povos, e, assim, avançar a luta política até seu nível mais elevado em toda parte.
Devemos ser cônscios de nossa alta tarefa: destruir o imperialismo e todas as suas chagas, em específico, no Brasil, o capitalismo burocrático, considerando a nossa contradição principal entre massas e feudalidade, e varrer do movimento popular e democrático todos os seus auxiliares, os oportunistas, auxiliares também do fascismo que hoje se instaura sobre nosso país.
Aos crédulos
A credulidade cega ou apoiada apenas em palavras jamais foi característica boa para um comunista. Um comunista deve investigar sem ignorar os aspectos da realidade que estão em desacordo com sua percepção imediata ou com as palavras de outros.
Alguns pensam que, ao falarmos da China, devemos tratar nossas contradições como contradições no seio do Movimento Comunista Internacional (MCI). Isto é falso. A China não é parte do MCI, tendo renegado, assim como a URSS revisionista, todas as teses dirigentes do MCI, todas as teses comuns dos marxistas-leninistas, à época da restauração, e dos marxistas-leninistas-maoístas; mais do que isso, tendo se colocado em antagonismo às guerras populares no Nepal e nas Filipinas, tendo apoiado o capitulacionismo de Prachanda. Quando falamos sobre a China, falamos de contradições entre nós e o imperialismo.
O “socialismo com características chinesas” de Xi Jinping não logra mais que dar continuidade ao projeto contrário às teses do presidente Mao de Deng Xiaoping de estabelecer sob o capitulacionismo frente ao imperialismo e sob as costas das nações oprimidas, com teses pacifistas e com luta contra os revolucionários chineses, uma nação social-democrata que, em todos os aspectos, renega a construção socialista da era de Mao Zedong. Xi Jinping, se qualquer coisa, junto à direita falida do PCCh, aponta para uma exploração ainda mais agressiva das nações oprimidas em acordo com os interesses da burguesia chinesa. O “pensamento Xi Jinping” nada mais é que o pensamento que busca dar continuidade e aprofundar o caminho da restauração capitalista, que, já completa, degenera-se de forma cada vez mais palpável no caminho do social-imperialismo.
É ridículo tratar esta trajetória antagônica à da Revolução Mundial como uma que complementa a grande batalha do povo chinês contra o colonialismo, imperialismo e fascismo, uma vez que, muito pelo contrário, ela coloca a China no caminho da defesa do neocolonialismo, do imperialismo e do apoio aberto ou dissimulado ao fascismo. É igualmente ridículo defender que as relações econômicas internacionais chinesas de alguma forma apontam para ganhos mútuos entre a potência e as nações oprimidas. Que ganhos viriam a ser esses? O desalojamento de famílias? A alimentação das forças oportunistas nesses países? A manutenção de governos fascistas? O endividamento?
Xi Jinping dá continuidade ao engodo de Deng Xiaoping também internamente, falando do desenvolvimento de uma “sociedade socialista moderadamente próspera”. Isto, claro, enquanto apoia o crescimento dos bilionários dentro do país, enquanto os aceita no partido etc. A famosa “luta contra a corrupção” de Xi Jinping faz aumentar e não diminuir o número de bilionários no país! A “prosperidade moderada” assenta-se nos ombros dos povos oprimidos do mundo e na contrarrevolução internacional e interna auxiliada ou diretamente conduzida pela China. Ela assenta-se na negação completa e total da guerra popular e da luta pela construção socialista e no capitulacionismo frente ao imperialismo. A democracia de Xi Jinping nada mais é que a ditadura fascista contra os revolucionários e a ditadura da burguesia chinesa contra todo o povo e contra todos os povos do mundo.
Xi Jinping trafica claramente com os princípios marxistas e renega a todo o Maoísmo ao defender teses embasadas nas e idênticas, em conteúdo, às três pacíficas e dois todos. Na prática, ele dá continuidade à renegação dengista do caráter de classe do partido. Na prática, também, continua o caminho que tornou o Estado chinês numa ditadura da burguesia, renegando a ditadura do proletariado e aprofundando a exploração capitalista internamente, enquanto a defende a nível internacional junto à toda a cúpula direitista do PCCh revisionista. Tudo isso enquanto defende a coexistência pacífica com o imperialismo e combate a revolução dos povos oprimidos, prega o capitulacionismo como forma de transição pacífica, sustentando o revisionismo armado, e empenha-se em defender a emulação pacífica colocando os interesses da burguesia monopolista chinesa como os de todos os povos oprimidos.
Enquanto isso, como é próprio de todo oportunista, o revisionista Xi Jinping busca maquiar a situação interna declarando que a contradição principal chinesa é entre o desenvolvimento e as demandas do povo. Por acaso demandou o povo chinês alguma vez a destruição de suas árduas conquistas? A dissolução das comunas, que foi feita com enorme repressão? O surgimento de bilionários, embasado no trabalho escravo e escravidão assalariada? A elevação da China ao posto de superpotência capaz de explorar os povos do mundo? Não. Tudo isto foi feito contra o povo chinês e contra os povos do mundo, foi defendido pelas castas burocráticas e direitistas do partido e pela burguesia monopolista internacional e interna da China. O imperialismo aplaudiu de pé a degeneração dengista do socialismo chinês e aplaude de pé, em meio aos conflitos inter-imperialistas inevitáveis, o aprofundamento desta degeneração por Xi Jinping.
Não sejamos crédulos em palavras e planos burocráticos. Analisemos a realidade. Na realidade, a China restaurou o capitalismo com a restauração da propriedade privada dos meios de produção e com a dissolução das comunas, com o capitulacionismo frente ao imperialismo e com a renegação da guerra popular como cerne do desenvolvimento do MCI. Ela galgou degraus até tornar-se nação social-imperialista, desenvolvendo o mais aberto antagonismo contra os povos revolucionários, auxiliando o fascismo e a contrarrevolução mundial e interna, auxiliando a burguesia monopolista interna em seu projeto de dominação e exploração dos povos do mundo, auxiliando a gestação do engodo social-democrata de uma “nação moderadamente próspera”. Ela, hoje, em nossa nação, opõe-se ao desenvolvimento revolucionário e auxilia o desenvolvimento burocrático, atado à agressão latifundiário-burguesa.
O povo chinês, povo amigo da revolução e dos povos revolucionários do mundo, que combateu, por sua liberdade, o colonialismo e o imperialismo e que auxiliou o combate de todos os povos do mundo, principalmente dos povos das nações oprimidas, está contra e não a favor das medidas imperialistas de Xi Jinping e sua camarilha direitista. Muitos elementos levantam-se e buscam desenvolver o caminho maoísta na China, sendo duramente reprimidos pela ditadura de Xi Jinping. A China social-imperialista combate duramente companheiros e companheiras que, cumprindo sua tarefa comunista, denunciam este estado de coisas, silenciando a denúncia por meios fascistas. Que nos compete fazer? Exaltar a luta interna do povo amante da paz e da revolução chinês e lutar duramente, em nosso país, contra a influência do revisionismo chinês e contra o imperialismo chinês, traçando caminho oposto ao de Xi Jinping e de toda a camarilha revisionista do PCCh.
Não compartilharemos deste butim regado à sangue revolucionário nem tomaremos parte do engodo direitista, mas sim nos oporemos duramente, e tratando corretamente as contradições entre nós e o PCCh como contradições entre nós e o imperialismo, ao revisionismo e oportunismo modernos.
A verdadeira direção do MCI é a Revolução Mundial e seu verdadeiro mando e guia é o Marxismo-Leninismo-Maoísmo! Vivemos a era da ofensiva estratégica da Revolução Mundial! Todos os povos do mundo, incluindo o povo chinês, saberão constituir ou reconstituir seus partidos sob a bandeira do Marxismo-Leninismo-Maoísmo para lutar contra o feudalismo, o capitalismo burocrático e o imperialismo! A vitória da Revolução Mundial se avizinha!
VIVA O MARXISMO-LENINISMO-MAOÍSMO!
Por: Vladimir Borges
Notas de rodapé:
1 SOUTH CHINA MORNING POST. Duterte thanks ‘good friend’ China as it donates weapons for Philippine Islamist fight. South China Morning Post, Jun. 2017. Disponível em; <https://www.scmp.com/news/asia/southeast-asia/article/2100504/duterte-thanks-good-friend-china-it-donates-weapons>. Tradução nossa.
2 AL JAZEERA. China ‘aiding Nepal’s fight with Maoists’. Al Jazeera, 25 Nov. 2005. Disponível em: <https://www.aljazeera.com/news/2005/11/25/china-aiding-nepals-fight-with-maoists>.
3 FELIPE, Sabrina. Negócios da China. The Intercept Brasil, 17 Fev. 2020. Disponível em: <https://theintercept.com/2020/02/17/governo-flavio-dino-china-maranhao/>.
4 SOUZA, Jailson de. China: Jovens maoistas resistem à perseguição política. A Nova Democracia, Março de 2018. Disponível em: <https://anovademocracia.com.br/no-206/8391-china-jovens-maoistas-resistem-a-perseguicao-politica>.
5 LÊNIN, Vladimir Ilitch. O imperialismo e a cisão do socialismo. Marxists Internet Archive, 13 Mai. 2018. Disponível em: <https://www.marxists.org/portugues/lenin/1916/10/imperialismo.htm>.